quarta-feira, 31 de outubro de 2007

BILHETE PREMIADO


Voltar às origens, semear o grão
Servir à pátria, dividir o pão
Servidor público, salvador da nação.

Se D. João pudesse nos ver contente iria ficar,
Pois sua invenção vai agora frutificar
O servidor público estadual que vive a sofrer
Agora no Banco do Brasil seu salário vai receber.

(Poesia feita a partir da notícia "Servidores públicos receberão seus proventos no Banco do Brasil" ,no curso Gestar II ( Formação Continuada de Professores da rede pública).

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

EU E OS OUTROS


Amigo


que um amigo se reconheça

sempre

na face de outro amigo

e nesse espelho descanse

seus olhos

e derrame sua alma

como a crina de um cavalo

levemente pousada no vento.


(Roseana Murray.Poesia essencial.Rio de Janeiro:Manati, 2002. p.72)
A viagem pela leitura

Você já gostou de um livro pra valer? Um livro daqueles que não se pára de ler por nada deste mundo? Se sim, então você pode se considerar um viajante da palavra, um descobridor de mundos desconhecidos, de segredos, aventuras e paixões... Se não, você está convidado a embarcar nessa fantástica viagem. Nela, há lugar para todos...Basta usar o ingresso da fantasia e partir!

325 - PAIS DAS MARAVILHAS
215 - AVALON
365- OZ
387- ATLÂNTIDA
698- LILIPUT
125- TERRA DO NUNCA


SÓ UMA COISA

LEVA VOCÊ MAIS

LONGE QUE A VARIG:

LER.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

VARIEDADE LINGUÍSTICA (Esta é a nossa língua portuguesa)






Essa é do Vicente Matheus, dirigente do Corinthians quando lhe foi perguntado, se o então jogador Sócrates seria negociado.
- O Sócrates é inegociável, invendável e imprestável"


MAIS UMA

Quando Vicente Matheus estava querendo conversar com o então prefeito Janio Quadros, impaciente a secretária tenta acalmá-lo

" Sr Vicente o Prefeito esta atendendo um pessoal que veio de brasilia e logo atenderá o sr"
Vicente Matheus
" - Eu vim de Mercedes, tinha de ser atendido primeiro"

POEMA PARA VOCÊ


PARA VOCÊ...

Você menino moleque, atrevido?
Não, amigo.
Você que me fascina, com um olhar penetrante
Misterioso, intrigante.

Você estrategista, que dança e vibra,
Pura conquista...

Você que é tão lindo e com seu jeito mansinho
Sabe me conquistar.
Que no silêncio diz tudo...
Seus gestos, comportamento, sua docilidade,
Você... Como esquecer?

Seu jeitinho lindinho, mansinho, fofinho...

Para você desejo toda felicidade,
Vitórias, alegrias e sonhos realizados.

Mas não se esqueça de ir devagar, observar sempre,
Nunca depressa avançar!
Pois a vida é uma dança adolescente-criança
E pra você feliz ela será, pois sabes
Viver, apaixonar-se e amar.

CARTÃO DE CHOCOLATE PARA VOCÊ MEU DOCE

POESIA DO "PORQUE" (Sugestão para se trabalhar o uso do "porque" )



POR QUÊ?

Por que o amor deixa a gente doido, sem sentido, nem noção?
O porquê não tem explicação, nem tão pouco razão.
Você passa o tempo pensando em alguém,
Parece que está parado, sem se mexer.
Por quê?
Porque quando o amor vem é assim
Fortalece um pouco de você e de mim.
É um não sei quê que vem ardendo,
Correndo pra te ver e nunca te perder...
Por quê?
Vou deixar fluir, quero é fruir,
Porque é sonho, é esperança,
Será uma saudade que terei apenas na lembrança.
Amor é mania, alegria, fantasia...
Por que é dor que desatina sem doer,
É fogo que arde sem se ver?
Por quê?
O amor é sufoco, troço de louco,
Pessoas trocam flores e socos.
Quem consegue entender o porquê de ser assim
Não quero responder, apenas entender e saber:
Por quê?

O PRAZER DE CHEGAR


O PRAZER DE CHEGAR

Que caminhada! Difícil jornada...
Caminhamos tanto pra chegarmos aqui.
Escalamos montanhas, nadamos rios e mares
Conquistamos lugares difíceis, impenetráveis,
Louváveis, antes apenas sonhado.

Hoje, olho para trás...
Meu Deus, quanto tempo faz?
Parece que foi ontem, o sol ainda estava pra nascer!
Houve chuvas, ventos, trovões...
Mas passou também brisas, abonando os grandes tufões.

Janeiros, junhos, dezembros...
Verões, invernos, primaveras...
O cair da tarde, a escuridão da noite
Foi ontem...
O sol estava nascendo
Hoje está se pondo, morrendo.

Não somos mais como ontem,
Entramos crianças, sairemos adultos.
Alegrias, desilusões, decepções, companherismo
Egoísmo, altruísmos.
Vivemos tantos sentimentos...
Fomos transformados a cada momento.

O que aprendemos nunca será apagado
Não foi apenas conhecimento...
Foi amizade, felicidade, vontade,
Agora será apenas saudade...

TEXTO PRODUZIDO POR Ana Regina F. S. A. de Sena em 05/10/07

A LÍNGUA PORTUGUESA

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Ser diferente

O menino negro não entrou na roda


O menino negro não entrou na roda
das crianças brancas - as crianças brancas
que brincavam todas numa roda viva
de canções festivas, gargalhadas francas...

O menino negro não entrou na roda.

E chegou o vento junto das crianças
- e bailou com elas e cantou com elas
as canções e danças das suaves brisas,
as canções e danças das brutais procelas.

O menino negro não entrou na roda.

Pássaros, em bando, voaram chilreando
sobre as cabecinhas lindas dos meninos
e pousaram todos em redor. Por fim,
bailaram seus vôos, cantando seus hinos...

O menino negro não entrou na roda.

"Venha cá, pretinho, venca cá brincar"
- disse um dos meninos com seu ar feliz.
A mamã, zelosa, logo fez reparo;
o menino branco já não quis, não quis...

O menino negro não entrou na roda.

O menino negro não entrou na roda
das crianças brancas. Desolado, absorto,
ficou só, parado com olhar cego,
ficou só, calado com voz de morto.

(Geraldo Bessa Victor. www.revista.agulha.nom.br/gb01.html)








quarta-feira, 26 de setembro de 2007



História de amor


"Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".
(I Cor 13:7)


Um dia avisaram aos moradores de uma ilha que ela ia ser inudada.

Apavorado, o AMOR cuidou para que todos os SENTIMENTOS se salvassem. E disse:

- Fujam, a ilha será inudada!

Todos correram e pegaram os barquinhos para irem até um moro alto.

Só o AMOR não se apressou. Ele queria ficar mais um pouco na ilha.

Quando estava quase se afogando, coreu para pedir ajuda.

A RIQUEZA vinha chegando e ele perguntou:

- RIQUEZA, me leva com você?

- Não posso, meu barco está cheio de prata e ouro: você não vai caber.

Passou a VAIDADE e ele de novo perguntou:

- VAIDADE, me leva com você?

- Não posso, você vai sujar meu barco.

Passou, então a TRISTEZA.

- TRISTEZA, posso ir com você?

- Ah! AMOR, eu estou tão triste que preciso ir sozinha.

Passou a ALEGRIA, mas ela estava tão alegre que não ouviu.

Já desesperado e achando que ia ficar abandonado, o AMOR começou a chorar, quando viu um velhinho, que falou:

- Sobe amor, eu te levo.

O AMOR ficou tão feliz que até esqueceu de perguntar o nome do velhinho.

Chegando ao morro alto, ele perguntou a SABEDORIA:

- SABEDORIA, quem era o velhinho que me trouxe até aqui?

- O TEMPO.

- Mas, porque só o tempo quis me trazer?

- Porque só o tempo é capaz de entender um grande AMOR.

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O QUE AS PESSOAS PENSAM SOBRE O AMOR

PESQUISA FEITA PELA PROFª LAURA RODRIGUES E POR ALUNOS DAS SÉTIMAS E OITAVAS SÉRIES DO COLÉGIO ESTADUAL MÁRCIA MÉRCIA


"O amor é um fruto muito precioso. Se a gente descuidar pode acabar".
Maiane, 14 anos
"O amor é um sentimento puro que faz sorrir e chorar".
Pastor Edmundo, 37 anos

"O amor é sentir-se bem. Faz parte da vida e quando amamos alguém é bom ser também amada ".
D.Edelzuita, 43 anos

"O amor é ser fiel a pessoa que amamos".
D. Joselita, 65 anos

"O amor é uma pedra preciosa".
Edimara, 14 anos


terça-feira, 18 de setembro de 2007

DESENGANOS

Benedito da Silva, ao entrar num shopping para resolver um assunto importante, parou numa loja de artigos femininos. Escolheu algumas roupas, ia pagar quando o homem do outro lado do balcão perguntou:- O cheque é seu?
"É da minha avó", quis dizer. Sempre perguntavam aquilo.
- É - respondeu.
- E o telefone do seu emprego?
Enquanto o homem pegava o cheque e ia telefonar, Benedito olhou para as roupas em cima do balcão. Caríssimas. E se simplesmente saísse com elas? Não...Ele podia pagar... E a Preta merecia. Um ano de namoro.
- Ninguém o conhece lá - o homem disse, quando voltou.
- Como?- Ninguém jamais ouviu falar do senhor.
- Tá certo, então, amigo. Vou comprar em outra loja.
- O senhor aguarde um pouco.
- Aguardar o quê?
O homem, cínico, olhou para a porta, por onde entravam dois seguranças usando ternos impecáveis. Um deles, o mais baixo, de bigodes, estendeu um queixo acusador e ordenou:
- O senhor queira nos acompanhar.
- Isto é um erro muito grande - disse Benedito, espantado.
- Por favor, não complique as coisas.
Levaram-no - perplexo e emudecido - rapidamente para uma sala nos subterrâneos. Benedito, entado numa das duas cadeiras, imaginava se não fora um equívoco ter decidido por aquele shopping. O segurança bigodudo, por detrás de uma mesa, balançou o cheque.
- Temos um problema aqui - falou. É melhor o senhor dizer de quem é isto.
Benedito achou aquilo uma humilhação, um absurdo.
- Vocês não vêem - disse, sem poder conter a exaltação - que é tudo um engano? Merda...
- Veja como fala.
- Falo do jeito que eu quiser - Benedito gritou.
O bigodudo cerrou os punhos e inflou o peito. Parecia feito de aço. O outro homem, o careca, que estivera em pé, quieto, interferiu:
- Calma, bigode, vamos devagar. - Virou-se para Benedito - Pode ser que seja um engano, mas tem um pessoal lá em cima que não vai pensar assim. Por isso, não seja arrogante.
- Então, eu vou lhes dizer uma coisa...
- Diga de quem é o cheque - ordenou o bigodudo.
- Da tua avó.
- Preto filho da mãe.
Aquilo foi mais forte que um soco.
- Porra, bigode! - O careca contraíra os músculos do pescoço e seu nariz quase encostava na cabeça do outro.
- Então, é isso - Benedito conseguiu murmurar.
O careca acendeu um cigarro e falou numa voz macia:
- O meu companheiro se exaltou. Não é isso o que ele pensa, não é, bigode?
O outro encostara a cadeira na parede e não falou nada.
- Olha bem pra mim - o careca ordenou. - Eu sou negro também...
- Porra nenhuma - era o bigode que cuspia no chão.
- Sou mulato. E nunca tive problemas por aqui. Mas o senhor vai compreender... A supervisão lá em cima está nos cobrando. Vem um chefe novo aí e eles querem mostrar serviço...
- Meto um processo em cima dos dois...
O bigodudo cuspiu no chão outra vez.
- Você não tem onde cair morto. Quem sabe a gente não seja promovido se te der uma lição? É isso aí, neguinho, promovidos...
- Cala a boca. - o careca inflamou-se. Depois colocou a mão no ombro de Benedito. - Só irão deixá-lo sair se provar sua inocência. Compreenda, o novo chefe...
Benedito levantou-se, sentia na boca o gosto de algo azedo. Encarou o bigodudo. Seu rosto iluminou-se.- Eu não sei do que vocês estão me acusando.
Na verdade, sabia. No fundo, acusavam-no por estar ali - um local que supostamente não era para ele - , por consumir em lojas que não eram para ele, por ser atendido por pessoas que não eram iguais a ele.
- Parei naquela loja por acaso. Dei o telefone do meu antigo emprego - argumentou. - Talvez tenha errado algum número.
- Antigo? Quer dizer que o malandro não trabalha?
- Vim aqui para isso. Assinar a ficha do meu novo emprego.
Os dois homens se olharam, surpresos.
- Aqui, no shopping?
-Era o que eu tentava dizer. Vou trabalhar na segurança. Dizem que está violenta. Chamaram-me há uma semana... para ocupar a chefia...
O careca deixou cair o cigarro. O bigodudo pensou que a promoção não viria. E Benedito lembrou-se da Preta. Sentiu ternura e, pensando que algumas coisas por ali seriam mudadas, respirou aliviado.

CONTO DO ESCRITOR MÁRCIO BARBOSA
Márcio Barbosa nasceu em São Paulo, em 1959. É membro do Quilombhoje e participou de várias antologias no Brasil e no exterior, dentre as quais se destacam os Cadernos Negros. Individualmente publicou a narrativa Paixões Crioulas (1987).

A SAGA DE UMA MENINA MULHER




Metamorfose

Na infância, feliz criança
Correndo solta nas ruas a vagar
As têmporas quentes, o olhar vagueando
À procura do sol, do verde e do mar.

Na adolescência derrapou no amor
Um vento, um silêncio, um adeus
A mais dura das verdades bate á porta
É frio, desamor, é tormento e dor.

Na juventude, refeita mulher
Sensível, secreto, a dor de não ter
Procura a vagar a chama criança
Louca!
E o tempo?
Desfez-se no vento.




Liberdade

A procura da liberdade
Vi você passar ligeiro
Um sorriso, um gesto, uma palavra
Porque dói a dor de amar?

Qual nuvem, assim se dilui
O fogo ardente da paixão
Verdade tão fútil, mentira
Porque chorar e não amar?

O pranto na presente partida
Não te comove à dor da despedida
Volto insistente a procurar...
Liberdade, amar...
Amar...

Produzido por Ana Regina Sena

PARA REFLETIR HOJE ANTES QUE SEJA TARDE...

Às vezes, infelizmente, muitas pessoas só dão valor quando percebem que perderam quem realmente as amavam, quem procurava estar presente nos momentos difíceis... Elas têm tudo nas mãos e não valorizam, e só quando perdem é que dão conta de tudo.. A rotina tende a levar à acomodação. Pior ainda: leva à idéia de que as razões que nos fizeram conquistar no passado vão continuar nos conduzindo ao sucesso. Bobagem..
Quando as pessoas não enxergam adiante pagam pela falta de visão. Pagam com seus amores, momentos de felicidades, suas empresas, seus empregos, coisas que só valorizam depois que perdem..
Vamos valorizar pequenas coisas, não deixar que o dia a dia nos torne indiferentes com quem consideramos, pois depois que perdemos, talvez seja muito tarde para reconquistarmos.

Leitura como inclusão social: as camadas populares e os clássicos

Em sociedades como a nossa, cujos traços característicos são a exclusão e o autoritarismo, as oportunidades culturais não chegam de igual forma a todas as camadas sociais. E de maneira mais difícil a literatura, por se tratar de arte escrita e que conta com o poder de uma boa imaginação, sem ter a seu favor o recurso da imagem, da cor e outros.
Isso tudo não acontece em um contexto isolado. Desde a colonização sofremos um processo cruel de segregação das camadas sociais, o qual permitiu (e ainda permite) a alguns, não só o acesso, mas a detenção dos produtos culturais eruditos, e legou a outros, de maneira tirânica, apenas uma parte da cultura, a qual chamou pejorativamente de popular.
Alguns teóricos, como Antonio Candido, dizem que as camadas populares não lêem os clássicos porque não têm oportunidade de tê-los nas mãos. E mais, que “A literatura confirma e nega, propõe e denuncia, apóia e combate, fornecendo a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas” (CANDIDO, 1995). Assim, a literatura propicia vivenciarmos e debatermos o nosso tempo, à luz de vivências anteriores, buscando explicações nem sempre possíveis. Como explicar, por exemplo, as chacinas colonialistas que dizimaram nações indígenas inteiras? Com quais explicações justificar a escravidão negra? É possível termos uma dimensão aproximada do holocausto?
Parte da sociedade que detém o conhecimento erudito sempre procurou afastar as camadas populares do contato com as obras de arte literária. Pois o livro, enquanto representação artística possui a propriedade de sensibilizar, gerar conflitos e desencadear reações. Por isso, “Ao reinventar, simular, imaginar, construir o real, a produção literária gera, determinadas vezes, um conhecimento particular e que contribui para o desvendamento da essência mesma do processo histórico brasileiro.”, (SEGATTO, 1999: 219). É esse desvendamento que torna o livro perigoso. Então, a solução é não permitir que objeto tão ameaçador circule livremente nas mãos de babás, mecânicos, garis, encanadores, pedreiros, garçonetes e toda a sorte de gente que faz parte das chamadas camadas populares.
Ainda segundo Antonio Candido, quando nos apropriamos da poderosa força da palavra organizada, nos tornamos mais capazes de ordenar nossa mente e sentimentos; e, conseqüentemente, mais capazes de organizar a visão de mundo que temos. Atrevo-me a acrescentar um vocábulo e mais: verbalizar. Sim, pois apropriados do instrumento que facilita nossa ordenação mental e nossa visão de mundo podemos, com maior habilidade e clareza, verbalizar impressões, externar opiniões e tomar posicionamentos. Assim, torna-se possível transformar as informações em conhecimento através da elaboração, porque os sentimentos passam de um estado emotivo para um estado de construção, funcionando como mola propulsora para o querer mais.
Então, as pessoas que nunca leram Dante, Shakespeare, Fernando Pessoa ou Machado de Assis, quando têm oportunidade de tê-los nas mãos, manuseá-los e efetuar sua leitura, encantam-se com esse algo nunca visto. É que o poder da fruição pode ser alcançado por qualquer ser humano, independentemente do nível social.
A fascinação exercida pelo texto literário é tão impactante quanto à constatação do processo excludente das camadas populares. Ao longo da nossa história somente foi permitido o acesso da população segregada a uma parcela mínima da cultura, pois a mesma, sem acesso aos bens materiais necessários para a sobrevivência, precisa abandonar os bens espirituais para prover o sustento do dia a dia.
O acesso aos diferentes níveis de cultura possibilita confrontar pontos de vista distintos e estabelecer critérios que mantêm ou rompem com aquilo que está estabelecido, mas que de qualquer forma proporciona a multiplicidade de idéias. Do ponto de vista autoritário isto é muito perigoso porque faz pensar e questionar a estratificação social, levando os indivíduos a buscarem soluções coletivas. Nesse processo, ler ou não ler faz a diferença para a mudança da sociedade.
Experimentar a linguagem literária precisa passar pela vivência concreta do/a leitor/a, precisa dar prazer, despertar o lúdico e, através da fruição, provocar a constituição ou destruição do texto.
Ousar! Esta é a palavra. Sensibilidade não escolhe proveniência social. Negar às camadas populares o direito à inclusão através da leitura é negar às pessoas a condição de seres de vontade, instigadas pelos fenômenos da vida, é privá-las do acesso à apropriação da palavra como construção da identidade.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A baleia

Era uma vez, uma baleia muito solitária que se perdeu de seu bando. Ela distraída, não viu quando o bando saiu. Ficou muito triste , porque não sabia para onde ir. Aí, um peixe que estava escondido falou:
- Eu posso te ajudar?
A baleia assustada, perguntou:
- Como você pode me ajudar? Quem é você?
Sem saber de nada, a baleia manda o peixe aparecer. Então, ele aparece e diz:
- Eu ando com você 24horas.
Assim, os dois conversaram muito e o peixe ajudou a baleia encontrar o bando.
(Texto produzido pelos alunos Jonas Serqueira e Gleiciano da 7ª série do Ensino Fundamental)

domingo, 9 de setembro de 2007

Sugestão de Paz

A humanidade precisa de paz. As nações lutam entre si, em busca de paz. As pessoas "matam e morrem" pela paz. Pra completar, todas as religiões pregam a paz. Contrariando tudo isso, o mundo, as nações e os indivíduos vivem em constante guerra.
Já parou para pensar por quê? Não pretendo aqui neste espaço apontar a fórmula milagrosa para a paz, mas oferecer uma humilde sugestão, com base em um raciocínio simples, e uma receita cotidiana.
Uma casa é construída com diversos elementos, como cimento, blocos, areia, ferro, argamassa, etc. Todos os elementos são comprados, mas eles provém de diversos fornecedores. Cada um destes têm um só objetivo: auferir lucros com a venda de materiais de construção. Quem os adquire tem outro objetivo: edificar sua casa.
Fazendo uma analogia com a edificação de uma casa, a paz também é construída, e não conquistada. Ela jamais será efetiva, se for alcançada por apenas uma fatia da sociedade, ou isoladamente por um povo.
A paz é resultado de um esforço conjunto de toda a humanidade. Cada indivíduo, família, cidade, país, pode contribuir, afinal, a paz é um valor Universal. Se as pessoas unirem-se, não em retóricas "politicamente corretas", apenas para preencher a lacuna do marketing, e sim em ações concretas, alcançaremos a paz.
Em sua casa, condomínio, cidade, você pode ser um promoter da paz. Como? Sendo altruísta, desarmando o espírito (e também de qualquer outro tipo de arma, de fogo ou não), sendo solidário, oferecendo ajuda a quem precisa, não criticando quem errar (porque você também vai errar), evitando proselitismos políticos, religiosos ou ideológicos, etc, etc, etc.
Tenho certeza que cada um de nós sabe perfeitamente o que precisa ser feito para dar sua parcela de contribuição rumo à paz. Mas, como diz Beto Guedes "a lição sabemos de cor, só nos resta aprender..."
Enfim, você quer paz? Então faça por onde: ofereça paz.